No mês passado o Código de Trânsito fez 12 anos e muitos artigos ainda são letra morta. Por isso, estudam-se mudanças para apertar mais a lei e pesar mais no bolso dos infratores.
São mais de 200 mortes por dia - bem acima das estatísticas oficiais – que não contando as vias federais, estaduais e municipais e os que morrem até 90 dias após o acidente. A mudança proposta dá mais atenção ao que mata mais: álcool e moto. E cansaço na direção.
O motorista do ônibus foi parado pela polícia, suspeito de estar dirigindo bêbado. Acabou reprovado no teste do bafômetro.
“Foi notificado por conduzir o veículo estando embriagado, teve a carteira suspensa e pagará uma multa de R$ 950”, aponta o tenente Fagner de Oliveira Dias.
Ele tinha o direito de se negar a passar pelo bafômetro. A carteira seria apreendida, mas o motorista poderia ir para casa. A Lei Seca permite. Só que isso pode mudar.
Quem se recusar a fazer o teste do bafômetro e tiver sinais claros de embriaguez vai ser levado para a delegacia. Essa é uma das mudanças nas leis de trânsito que estão em discussão na Câmara.
Para os caminhoneiros, parada obrigatória. A cada quatro horas, 30 minutos de descanso.
“Eu acho que vai atrapalhar tudo”, opina o caminhoneiro Edson Almeida.
A ideia é evitar acidentes provocados por longas jornadas.
“Vinte e nove horas direto, sem parar e acelerando”, conta o caminhoneiro Edson Guisi.
Multas mais caras para todo mundo. A correção passaria a ser anual.
“Quando pesa no bolso da pessoa ela pensa um pouquinho ao praticar a infração”, concorda o engenheiro Antonio Torresilas.
Para os motoqueiros, trafegar no meio dos carros, só se o trânsito estiver parado.
“Demora muito se ficar atrás do carro, porque a moto é boa para entrar no corredor. É perigoso, mas fazer o quê”, aponta o motoqueiro Fábio Silva.
“Eles deveriam respeitar mais o corredor porque eles passam de uma vez, eles não obedecem, quebram retrovisor de carro, é muito ruim para o motoqueiro”, diz o vendedor Glauber Oliveira.
O Código de Trânsito atual está em vigor há 12 anos. Essa será a primeira grande mudança.
“A gente vê cada coisa nessas vias aí, uma coisa de louco”, comenta o taxista Raimundo Francisco.
“Deve endurecer porque há famílias que pagam um preço caro sem ter culpa de nada”, lembra a dona de casa Regina Fonseca.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Congresso que mudar Código de Trânsito
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