Major é suspeito de atirar em base militar nos EUA

Nas imagens gravadas logo após o tiroteio é possível ver os serviços de emergência em ação para socorrer os feridos: mais de 30 pessoas, sem contar as mais de dez que morreram na hora. Entre elas, um civil - uma mulher.

"Uma tragédia terrível. Impressionante. Soldados, familiares, civis todos aqui estão absolutamente devastados", disse o general Bob Cone logo após o choque.

O presidente Barack Obama interrompeu um discurso em uma conferência para falar das mortes na base de Fort Hood e definir o ataque como uma explosão de violência: "É muito ruim quando perdemos estes bravos americanos no exterior. É horrível vê-los sob fogo cruzado em uma base militar em solo americano."

Em Fort Hood, ao que parece, o inimigo servia na mesma tropa, vestia a mesma farda.

Entre os mais de 50 mil militares, na maior base militar dos Estados Unidos em todo o mundo, havia um brasileiro - Francisco Lago. Ele, que já serviu no Iraque, hoje é soldado da reserva do exército americano e estava fazendo um curso em Fort Hood. Por telefone, contou que, de repente, foi obrigado a ficar onde estava: “Quando o tiroteio aconteceu, estávamos no prédio. Eles não deixaram ninguém sair ou entrar”.

Eram 13h30 (horário local), 17h30 (horário de Brasília) na base militar, que fica no meio do estado do Texas, na cidade de Killeen, entre Dallas e Austin, quando um homem entrou atirando no prédio da unidade de prontidão militar, onde os soldados fazem os últimos exames médicos antes de ir para as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Nidal Malik Hasan, de 39 anos, acabou de ser promovido a major, é médico e cuidava de soldados com problemas psiquiátricos, virou o principal suspeito. Os militares chegaram a anunciar a morte dele. Mas no fim da noite o porta-voz de Fort Hood anunciou: "O principal suspeito não está morto. Está internado e ainda não foi interrogado".

No fim da noite foi possível descobrir também que outros dois suspeitos - detidos logo após o tiroteio - foram liberados. Os militares não encontraram provas de envolvimento dos dois. É que testemunhas chegaram a dizer que mais de uma pessoa teria participado do ataque.

Pela manhã, policiais vasculharam o apartamento do atirador atrás de pistas.