As revelações não combinam com um campeão das quadras. Por isso chocaram os fãs de Andre Agassi e o mundo dos esportes. Em uma autobiografia, o americano, ganhador de oito prêmios do Grand Slam, confessa que em 1997 consumiu metanfetamina, uma droga sintética, dez vezes mais poderosa do que a cocaína e que causa euforia.
Agassi diz que decidiu usar a droga porque questionava a paixão pelo tênis, estava na pior fase da carreira - era o número 141 do ranking - e enfrentava problemas no casamento com a atriz Brooke Shields. Ele participou de muitos jogos sob o efeito da droga.
A substância chegou a aparecer em um exame antidoping. Agassi, então, disse aos dirigentes da Associação dos Tenistas Profissionais que um dos seus assessores costumava beber a droga misturada a refrigerantes - o que era verdade - e que o tenista teria consumido por engano, o que era mentira. A ATP confiou nele e arquivou o caso, sem punição. No livro, Agassi disse que a mentira o deixou envergonhado e que valeu para encerrar aquele capítulo triste da vida dele.
O presidente da Federação Internacional de Tênis, Francesco Ricci, disse que está surpreso e decepcionado com Andre Agassi. A Agência Mundial Antidoping pediu que sejam investigadas as circunstâncias em que o caso do jogador foi arquivado pela ATP.
Andre Agassi afirmou que já estava livre das drogas quando conseguiu recuperar as boas colocações nos torneios e voltar ao topo do ranking dos dez melhores tenistas do mundo. A aposentadoria veio em 2006 e hoje Agassi se dedica com a mulher, a ex-tenista Steffi Graf, a cuidar de uma fundação que forma jovens jogadores de tênis.
No livro, Agassi disse ainda que odiava o pai violento. E falou sobre a vasta cabeleira que ostentava nos anos 90. Aquilo tudo não passava de um aplique. A decisão de raspar o cabelo e jogar fora a peruca também foi aplaudida por fãs de todo o mundo.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Supercampeão do tênis Andre Agassi revela uso de drogas
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